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A Revolução no Mundo do Trabalho - Uma Nova Realidade

  • Foto do escritor: Heli Gonçalves Moreira
    Heli Gonçalves Moreira
  • 26 de jun. de 2020
  • 3 min de leitura

Na segunda metade do século XVIII teve início, na Inglaterra, a primeira revolução industrial que se espalhou pelo mundo, propiciando o surgimento das indústrias e como consequência o capitalismo.


As indústrias alavancaram um acelerado processo de mudança no estilo de vida da humanidade, através da produção de bens de consumo e exploração dos recursos naturais, como forma de gerar riquezas. Com os processos produtivos foram estabelecidas as relações de trabalho.

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Em poucos anos essa revolução gerou consequências negativas para os trabalhadores: carga de trabalho extenuante, precárias condições de trabalho e baixos salários. Os trabalhadores que não aguentassem a jornada eram sumariamente substituídos por outros. Os acidentes eram comuns e os trabalhadores que se afastavam por problemas de saúde eram demitidos.


Essa situação motivou a mobilização e organização dos trabalhadores, os atuais sindicatos, que, através de greves, obtiveram contínuas e permanentes conquistas.

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Daquela época até os dias atuais a humanidade vem presenciando uma contínua evolução tecnológica, econômica, política, social e jurídica, impactando diretamente as relações de trabalho.


Apesar dessa evolução e da aceleração dos processos de mudança, as principais necessidades, desejos e expectativas dos trabalhadores têm se mantido:

  • serem tratadas com respeito;

  • compreender o que está acontecendo;

  • participar do sucesso da empresa; e

  • trabalhar em paz.

Até o início desse ano eram consideradas as melhores empresas aquelas que atendiam essas necessidades, desejos e expectativas, por meio de boas políticas e práticas de recursos humanos, de uma liderança capacitada e comprometida, de um sistema de comunicação aberto e receptivo, além de interagir com as redes sociais de seus colaboradores e estarem preparadas para o enfrentamento de situações de crise.

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Creio que empresário algum sequer imaginava uma crise dessa proporção, impactando diretamente o coletivo das empresas, independente do seu porte, ramo ou localização e das pessoas, independentemente de suas origens, grau de instrução ou classe social, tirando-as de suas rotinas e zonas de conforto, suportadas até então por uma falsa certeza de que quase tudo estava sob controle, obrigando-as a buscar novas formas de trabalho, relacionamento, comunicação e sobrevivência.


Uma rápida análise do que vem pela frente nos indica que:

  • as empresas deverão buscar novas políticas e práticas de recursos humanos, dando ainda mais atenção à segurança e ao bem-estar dos seus colaboradores e seus familiares, bem como atuar ativamente junto às comunidades locais, interagindo nas questões sociais, como parceiras dos órgãos públicos;

  • as lideranças internas deverão ser capacitadas para alcançar resultados planejados, através do comprometimento e engajamento de suas equipes, mesmo à distância;

  • as empresas e gestores deverão inovar nos meios e processos de comunicação interna e externa, colocando toda a tecnologia disponível na manutenção das boas relações interpessoais; e

  • os sindicatos e representantes internos dos colaboradores deverão ser envolvidos e comprometidos com as mudanças necessárias à nova realidade.

Compete a nós, profissionais de recursos humanos e relações trabalhistas, liderar os processos de mudança em nossas organizações:

  • tendo como premissa a dignidade e o respeito e como principal foco de trabalho o relacionamento com as lideranças, colaboradores, seus representantes e seus familiares através de canais simples e diretos de comunicação;

  • propor alternativas audaciosas aos acionistas e diretores, encorajando mudanças significativas na relação capital-trabalho e respeitando os parâmetros legais;

  • interagindo, até onde for possível, com os sindicatos na busca e implantação de soluções que garantam a manutenção dos postos de trabalho e a saúde e segurança dos colaboradores; e

  • promovendo perante os colaboradores e seus familiares, uma profunda reflexão sobre o “valor do emprego”.

Essa é a grande oportunidade, senão obrigação, de sermos os protagonistas de uma nova e mais importante revolução no mundo do trabalho - As Novas Relações Capital-Trabalho.

 
 
 

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